28.6.12

InfoDança ...

                          O que acontece com a Escola de Dança do Teatro Guaíra


A ESCOLA DE DANÇA DO GUAÍRA, um centro de excelência em dança, com 56 anos de existência, uma qualidade de corpo docente que a coloca entre as melhores do país e sempre primou na formação de bailarinos, está pedindo Socorro!
    
Entenda a situação ...

Aconteceu  ontem uma manifestação na Frente do Teatro Guaíra, na apresentação dos alunos da Escola de Dança do Projeto Improvisando eu Crio. Os pais dos alunos estão mobilizados em diversas ações e manifestações nos próximos dias para salvar a dignidade da Escola de Dança do Teatro Guaíra, tão importante para a sociedade paranaense. Um abaixo-assinado pede que sejam tomadas medidas para que o projeto de reformas, que ameaça o funcionamento da Escola de Dança do Teatro Guaíra, não venha a prejudicar seus Cursos de Formação e Técnico, como indicam as informações que têm sido divulgadas pela imprensa (e que vêm sempre adjetivadas como “necessárias”). Só pela falta de pessoal, injustificada, se pode pretender reduzir para 4 anos o tempo de formação básica dos bailarinos — 8 anos, como agora, são o mínimo necessário e o que há em todas as grandes escolas de balé do mundo. Pois o balé exige desenvolvimento motor, técnico e artístico intenso desde muito cedo. A Associação de Pais e Mestres não é contrária à redistribuição de cargas horárias e currículo, pois tem toda a confiança em seu corpo docente e nas alterações que este propuser. As crianças que começam na iniciação ao balé, hoje, têm aulas com caráter lúdico. A diferença entre isso e o que parece se pretenda fazer é que hoje elas têm a ludicidade como parte da formação — como garantia de aquisição de conhecimento — e não apenas no sentido de diversão. Dela nasceram o Corpo de Baile do Teatro Guaíra, e a Escola Superior de Dança, que agora é parte da Faculdade de Artes do Paraná; os próprios parâmetros curriculares do ensino da dança como arte, implantados pelo Ministério da Educação, foram desenvolvidos na Escola. Vêm alunos do interior do estado e de todo país cursá-la. Há ex-alunos seus em corpos de baile mundo afora. Porém a Escola vive um momento difícil e desafiador de sua bela existência. Atualmente a Escola precisa de novos professores, de pianistas acompanhadores, pois os que há têm contratos temporários e dentro em breve pararão de trabalhar. Mas começar aos doze anos, que na formação de bailarinos é já metade da carreira, é um despropósito. Se os bailarinos terão lugar na Escola a partir dos 12 anos, as crianças precisarão, até então, de freqüentar escolas particulares para início de sua formação como bailarinos. Por que fazer de uma escola do estado um a instituição elitista? É isto que se entende por “reforma necessária”? Se houvesse, eventualmente, também cursos livres, além dos de formação, poderia ser ótimo. Mas como? Se a Escola não tem sido apoiada nem para a manutenção do que é — isto é, com professores e pianistas e também com uma nova sede — e o interesse que parece haver, da Secretaria de Estado, é torná-la mais superficial e mais “econômica”?

Fonte:JoiceHasselmann

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