A inauguração do Cine-Theatro
Central ocorreu em 30 de março de 1929. Todo o esplendor e a beleza do teatro
refulgiam nas pinturas de Ângelo Bigi e na iluminação dos lustres de cristal,
que davam as boas-vindas ao olhar admirado dos presentes. Ali estava uma
vitória da sociedade juizforana, a prova concreta de seu refinamento, um templo
de cultura que colocaria a cidade na rota das produções culturais nacionais e
estrangeiras.
Localizado no coração da cidade,
em sua artéria mais querida, a rua Halfeld, apesar de iniciativa particular, o
Central exerceria a função de teatro municipal, o espaço elegante e
tecnicamente adequado para a apresentação dos grandes espetáculos. Um dos maiores
teatros do país, com seus quase dois mil lugares, seria também um dos mais
belos e uma das poucas casas do Brasil com infra-estrutura para montagens tão
diversas quanto teatro, ópera, balé e concertos. Com este perfil, o palco do
Cine-Theatro Central receberia, nas décadas seguintes, alguns dos mais
prestigiados artistas nacionais da música, do teatro e da dança.
O Central estava pronto para mais
uma noite histórica, sete décadas depois, quando, em 14 de novembro de 1996, o
cine-teatro foi oficialmente reinaugurado. Ali estava de volta, em cores
revigoradas, o grande templo da cultura de Juiz de Fora, um dos maiores
patrimônios arquitetônicos da cidade, o palco definitivo das grandes emoções e
da criação artística.
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